Raízes

Raízes Rodrigo Moreira Campos (Led) - 25/11/2019 Esse povo nasceu do solo regado, De sangue corrido Do corpo açoitado! Da senzala em martírio, A consciência é forjada, Em sonho e em luta, A corrente é cortada! No braço que labuta, Esse sangue é presente. Alimenta a luta, Faz a nação mais potente! Também esse sangue Invadiu a mansão, E o descendente escravista Herdou ele na mão. Em combate ao seu ódio Me armo de amor Espalho alegria Por um futuro sem dor! E por minha história Rasgo a sua verdade Despedaço sua lei Por minha liberdade.

Rompendo com o Pecado

Rompendo com o Pecado Rodrigo Moreira Campos (Led) - 24/02/2019  De tanto contida e asas podadas, À lua me entrego junto a onda do mar. Em abraço diluo o cinto que casta, Para em amor, meu corpo e alma juntar. Da fruta proibida agora me esbaldo, Rompi com a culpa que o desejo me impunha! E em meus valores me aprisionava Queimando minha alma, como a tradição decretava. No alto das pedras, agora me lanço, Pra em um voo viver intensa liberdade. Degustar em minha vida, pequenos detalhes. Em plenitude sentir, o prazer de verdade!

Sonhos

Sonhos Rodrigo Moreira Campos (Led) - 03/02/2019 Liberte seus sonhos da mesquinhez de sua vida. Dê-lhe assas para que voem, E os limites, transgrida! Nosso mundo é tão grande, Infinitas possibilidades, Se embeba de ousadia Para mudar a realidade! Um sonho solitário É pequeno e incapaz, Se realizado não importa Não modifica nem satisfaz. Livre o sonho Se une em um bando, Que florescem o céu E ultrapassam o oceano! Em bando, sonhadores, Transformam o mundo! E o futuro se escreve, Liberto e profundo!

A onda

A onda Rodrigo Moreira Campos (Led) - 28/01/2019 No horizonte, uma onda, meu olhar mira, Vislumbra o futuro enquanto ela aproxima. Minh'alma esperançosa, um mergulho aspira, Mas em observar, a atitude se finda. O mar, autoritário, puxa a onda bem depressa. A onda passa... A vida passa... Da coragem que outrora me faltou Me invisto para onda sucessora Me embriagado de esperanças, agora eu vou... A onda se aproxima, Mas o ofício me chama, O nó da gravata então prende minha garganta. A onda passa, A vida passa, A vida não me deixa, eu só observo... São muitas ondas, Pouca é a coragem... E a vida marcha, Na mesma marcha batida! Não, não dessa vez... Lanço a roupa aos céus para aventura despida, Nessa onda me envolvo e me visto Me diluindo no mar que conquisto. Para em seu sal, temperar minha vida!