quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Áudio do Licença Poética - Rádio Juventude

Antes de ouvir o programa desligue o plugin da rádio na barra à esquerda!!!


Especial Monteiro Lobato com Oiram e João Carlos

Programa com Sérgio "Dedão"

Meu Id



Meu Id
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 23/09/2012

Enquanto meu dia se nubla, 
Você, como o sol que acende a lua, 
Faz minha alma brilhar, 

 Meu id, da pele morena e das carícias que me derrete,
Me envolve e acende meu desejo, 
Dilui minha cela enquanto vôo entre os devaneios do coração e do corpo. 

 Meu id, meu desejo, 
Alivia a dor de minhas feridas com palavras e com o toque, 
Desvende minhas couraças e invada meu sonho, 
O superego não pode contigo então me entrego, 

Sonho no simples toque entre nossas mãos 
Fervo quando se tocam os nossos corpos, 
Explodo e espalho meus sonhos, minhas dores, meu desejo!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vestígios



Vestígios
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 24/10/2012

Do golpe de hera me esquivo
Com a ginga da embriaguez proporcionada por Dionísio

No olfato, as lembranças da noite,
Do amor exalado pelos corpos que se tocam e se penetram!
Por trás de minhas pálpebras  ainda te vejo
Com sua intensa beleza afrodisíaca!

Toco e sinto a minha pele
Ela ainda guarda sua saliva
E em minha língua
o sabor do fluido que lhe lubrifica entre as pernas!

Nessa vida intensa,
a lua é a luz que me ilumina,
a noite faz do mundo, minha casa!

Com você,
brinco como criança na lama pela primeira vez,
E, fingindo inocência, me lambuzo da mais deliciosa malícia!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

Audio do programa "Licença Poética" 14/09 e 21/09

Antes de ouvirem os programas desliguem o plugin da rádio na barra à esquerda!!!



Dia 14/09 com o convidado Pedro Tostes


Dia 21/09 com o convidado Ricardo Costa

quarta-feira, 19 de setembro de 2012



O Tempo
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 19/09/2012

Quando você me pede um tempo, 
Você perde um tempo, um tempo de mim! 

Não sou vazio, 
Sou cheio e intenso! 
O tempo deposita em mim e eu transbordo...

Transbordo paixões, sonhos, alegrias... 
Transbordo, também tristezas e angustias! 
Transbordo você em lágrimas, 
Que rolam e despedem-se de meu corpo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sonhe Alto



Sonhe Alto
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 29/08/2012

Àqueles que tropeçam e caem no primeiro obstáculo,
Apresento-lhes o horizonte!

Chegue, suba mais nessa montanha, 
Veja a linha no fim daquele oceano,
Podemos alcança-la, agarrados em nosso sonho,
Mas não prenda o sonho em seu umbigo,
Ele deve estar na mente, pois só ela poderá se expandir ao infinito!

Àqueles que tropeçam e caem no primeiro obstáculo,
Apresento-lhes o céu!

Ele não é este céu limitado por sua visão,
Ele abriga planetas, estrelas,
O sol e a lua que romanceiam a noite dos namorados.
Só o sonho pode alcança-los de verdade
O sonho ousado, o sonho meu, o sonho seu, o sonho de todos nós!

sábado, 11 de agosto de 2012

A vida e os sonhos


A vida e os sonhos
Rodrigo Moreira Campos (Led) 03/08/2012

E o meu sonho?
Meu sonho era muito lindo
Tinha muito brilho e muita poesia
Me arrancava sorrisos e tinha o aconchego caloroso na noite

Às vezes meu sonho me deixava bravo!
Sonhos têm dessas coisas.
Mas ele tinha a lua que brilhava bem forte
Ofuscava tudo de ruim para eu sentir o que era gostoso, intensamente.

Sonhei meu sonho bastante
Dei minhas mãos a ele e sonhando construí coisas reais
Lutei por ele o quanto pude
Fiz tudo o que esteve ao meu alcance

Hoje meu anelar desnudo está perdido e sente frio
Meu chão está um tanto mais longe, mas não o perco de vista
Sinto um nó na garganta, mas não o permito me calar 

Meu sonho se foi...
Mas com ele jamais irá minha capacidade de sonhar!

domingo, 29 de julho de 2012

Programa na Rádio Juventude



ESTRÉIA: PROGRAMA LICENÇA POÉTICA.

Amanhã estréia o novo programa na Rádio Juventude, com bom bate-papo, música e muita poesia.

Com apresentação do poeta Rodrigo Campos (Led) e um convidado especial: Robson Padial (Binho) do Sarau do Binho.

Acompanhem ao vivo aqui no blog!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Deformado

Deformado
Rodrigo Moreira Campos (Led) 13/07/2012

Não quero o reto, quero o torto
Com curvas imensas e mal feitas,
Em uma mutabilidade inadaptável.

Não quero o perfume,
Quero o suor que exala no movimento...
No trabalho e também numa boa trepada!

Não quero o magro,
Quero o gordo, o imenso
Sem nenhuma fineza, que come e deixa cair; grita e gargalha!

Não quero o sóbrio,
Quero o bêbado,
As palavras que se atropelam, a filosofia barata

Não quero o colchão ortopédico,
Prefiro a sarjeta,
O frio e a poeira da noite,
a lambida do cachorro de rua.

Quero o bolo entornado,
Quero ser o seu contrário,
Minha paixão é enlouquecedora por tudo aquilo que foge da fôrma!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Construindo o poema



Construindo o poema
RodrigoCampos (Led) 10/07/2012


Quando o nó na garganta impede o escapar da voz rebelde,
Busco na poesia o meu grito contido,
E berro com versos num desabafante poema.
Que não rima, pois o grito não terá musicalidade!

Mas quando o nó na garganta impede o escapar da voz rebelde,
Nem sempre a poesia se exterioriza,
Às vezes ela se esconde,
Nublando e escondendo o sol de tua vida!

Mas a poesia está logo ali,
Na vida, em seu dia a dia...
Na euforia de uma boa gargalhada, 

No coração que se tranca triste e amargo,
Na embriaguez de quem se camufla atrás da garrafa de cachaça.

Nasce tanto do brilho intenso do olhar sonhador

Como das lágrimas e do sangue que tingem o papel.

Não seguro ela, deixo-a nascer, 

Vejo e ouço o seu parto,

Por minha poesia não poupo lágrimas nem sorrisos,
Simplesmente por não permitir-me deixar de sentir,
Persigo assim um poema que se materializa em mim mesmo!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Sarau do Binho Vive!!!!!



O Sarau do Binho foi o local onde pude aprimorar meu gosto por poesias, além de poder publiciza-las  para as demais pessoas que frequentam aquele ambiente. Um bar que se propõe a ser um espaço cultural, pude ver muitas pessoas tomando gosto pela poesia e pela cultura, outras tantas que passaram a, também, produzir cultura e arte, esse espaço deveria ter uma proteção e não ser perseguido, é por isso que me junto aqueles que querem reabrir as portas do bar do Binho e garantir a vida do Sarau e de todos os projetos construídos a partir desse!

Mais informações no blog http://saraudobinho.blogspot.com.br/

segunda-feira, 21 de maio de 2012

União



União
Rodrigo Campos (Led ) 10/05/2012

Há uma magia retida na retina que se dissipa enquanto se cruzam os olhares, 
Magia de criança, que nasce da brincadeira e sorrateira envolve o coração, 
A lua e o sol esperam, cada qual de seu lado, prontos para se encontrar 
E fundirem seu brilho em um choque cheio de êxtase.

O sol traz a menina, 

Ela que construíra sua vida com marcas de luta, de garra e sua habilidade de artista 
Menina, mãe e mulher, 
Viveu, deu a vida, ensinou a viver. 

Já a lua, como um espelho, guia o menino 

Amante da liberdade, idealista e sonhador 
Mas sozinho, amante da solidão, 
Até o momento que seu coração bateu mais forte.

A trama entre a Lua e o Sol tava armada, 

A volúpia de Dionísio, as flechas de Eros, a intensa beleza de Afrodite. 
Assim chegou Hera com golpe fatal. 
E os olhares que se cruzaram e brilharam, assinaram a união. 

Muitos se surpreenderam, 

Mas os dois se completaram e se fundiram, 
Dançaram com os seus sonhos e a realidade 
Ele com a poesia e ela com a habilidade artística de suas mãos, 
Com intensa cumplicidade passaram a construir cada dia de suas vidas
Como uma história repleta de brilho e magia, mas com a solidez de quem sabe onde quer chegar!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulher



Mulher

Rodrigo Campos (Led ) 08/03/2012

Mulher, fonte da vida e de garra,
A primeira que nos protege e também a que nos liberta,
Permitindo entrar a luz que inaugura as cores de nossos dias.

Mulher, por seu atrevimento já foste queimada,
Porém, por mais que lhe oprimissem,
Jamais permitiste que lhe mantivesse amarrada.

Mulher que luta e conquista seu espaço,
Guerreira que na vida enfrentou tudo,
E fez de seu filho alguém capaz de enfrentar o mundo.

Mulher mãe, mulher filha, mulher das paixões enlouquecedoras,
Mulher que não perde a delicadeza,
Mas também não deixa nada lhe fazer desistir e abaixar a cabeça.

Mulher, professora sempre, educa e constrói as nossas consciências,
Buscamos em tuas palavras sempre ternas, mesmo com a necessária dureza,
A luz que ilumina a estrada que caminhamos e construímos a nossa existência.


Êxtase II



Êxtase

Rodrigo Campos (Led ) 14/06/2010

Você me leva a loucura,
Quando nossas almas se entrelaçam,
E todo o quarto queima com o fogo que exala de nosso amor

O superego se dilui enquanto minha língua passeia por seu corpo ao sabor de chocolate, morango e vinho,
E piro quando você me suga como se quisesse eu inteiro dentro de ti.

Suas unhas cravadas em minha pele transformam dor em volúpia
E os dentes encontram a carne abafando um estridente grito de prazer.

Você me leva a loucura,
Quando a larva jorra da erupção do vulcão em chamas
E o sol queima e arde em nossa pele
Enquanto a lua espia, maliciosa, o nosso ardor,

Você me leva a loucura
Quando meu corpo se funde ao seu...
Com fogo, líquido e ar...

Êxtase



Êxtase

Rodrigo Moreira Campos (Led) – 09/04/2010

O tempo abriu,
O sol nasceu como há tempos não nascia,

A noite, dessa vez não se impôs
O sol e a lua se olharam, se seduziram
Ele voluntariamente cedeu seu lugar para ela,
Que brilhou sua luz mais intensa,
E confundiu quem na praça namorava...
Era noite ou era dia...

Dentro de mim, euforia,
Não era nenhuma droga que me dopava,
Era apenas a poesia pela brisa soprada
Ao pé de meu ouvido,
Tornando mais intenso o sonho pela novidade
E deixando mais viva a energia para revolução.

Um Brinde ao Sofrimento



Um Brinde ao Sofrimento

Rodrigo Moreira Campos (Led) – 27/03/2010

Um Brinde ao sofrimento,
À agonia que se sente no fundo do peito,
À irracionalidade de pensar não haver mais caminho para a felicidade
Ao homem destruído pelo amor.

Um brinde aos excessos em nome da paixão frustrada
À loucura cometida que tanto lhe envergonha
À cachaça tomada de boteco em boteco
Ao corpo entregue à prostituta nas tentativas de resgatar aqueles minutos de intenso prazer.

Um brinde ao ser humano
A fantasia que se entrelaça à realidade numa dança orgástica
Ao amor levado às ultimas conseqüências
Um brinde a capacidade de amar, sentir e viver.


Rendição



Rendição

Rodrigo Moreira Campos (Led) – 22/03/2010

Não foi nenhum grande guerreiro que me humilhou diante a derrota
Nenhum Deus jamais fez curvar-me diante sua grandeza
Nem a materialização de meu maior pesadelo estremeceu minhas pernas de pavor
Mas foi só um, meu maior inimigo, que me pôs para baixo

Ele, que surge dos lábios que cantam sensualmente,
Dos olhares que cruzam penetrantes
Das coxas que te laçam
Das unhas que penetram a carne
Do gozo e do grito de prazer lançado ao mundo

Ele que está no fogo e na harmonia
No sonho e no dia a dia
Que te leva às nuvens para te jogar ao chão

Foi ele, o amor, o único a me deixar de joelhos.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Hipérbole



Hipérbole

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 11/03/2010


Para aquele dia sem graça,
Invento um amor novelesco,
Um amor impossível, brincar de arrancar sorrisos,
Puros, ingênuos, maliciosos...

Fazer possível o impossível, oceanar a vida!
Que caibam todas as estrelas em meu peito...

A Lua...
A lua não, fique ela lá no alto!
Ela é meu espelho...

Às vezes nela me olho, as vezes não...
Às vezes vou virando ela, virando...
e olhando cada cantinho do mundo,
Assim consigo achar você, mesmo quando estiver escondidinha...

Apenas a Lua



Apenas a Lua
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 09/03/2010

Uma cabeça, um turbilhão de pensamentos.
No bar não quis mesa,
Sentei-me na guia da calçada com minha garrafa de cerveja.

Na lua fixei-me
E a cada gole da cerveja ficávamos mais próximos,
Eu e ela.

Era ela, a lua, a minha confidente
A única que poderia entender os devaneios de um coração vagabundo, mas apaixonado
Ela conhece todo tipo de loucura,
E sabe o quanto é difícil para um cérebro controlar um corpo com coração dopado.

Explodi em pensamentos e contei tudo. 
Meus sonhos, minhas lutas, meus sentimentos...
Declamei meus últimos versos escritos,
Contei o quanto é difícil a vida na Terra e o quanto é prazeroso viver

Ora eu sorria, ora eu chorava;
Ora eu caía, ora eu voava;

Desabafei olhei firme para ela,
Contemplando toda aquela beleza.
Já estávamos bem próximos, bem íntimos.

Ela, a Lua, brilhou mais forte,
Foi um sorriso complacente,
Um carinho em apoio ao que eu sentia,

Então lhe fiz um pedido...
Lua, agora que me conhece,
Brilhe mais forte para ela
Encante essa garota, faça os olhos dela brilharem,
E, com o seu sorrido, mostre
Toda a pureza de meus sentimentos.

Onde está Minha Poesia?



Onde está Minha Poesia?
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 02/03/2010

A poesia não está nos versos que escrevo,
Ela está no brilho da lua de cada dia,
Na harmonia de meu corpo com a natureza,
No calor do amor que se desprende do corpo da mulher
Na luta e no sonho pela novidade

Os versos podem ser apenas gritos de angustia ou necessidade de comunicação
Versos sem poesias são como a embriaguez para fugir da dor
Uma fuga inútil.

Quero a embriaguez que celebra a vida
A poesia vivida
A alegria da criança que brinca

Preciso Dizer que te Amo



Preciso Dizer que te Amo
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 02/03/2010

Eu só queria dizer que te amo
E ter a chance de olhar o brilho de seu olhar e encher sua vida de poesias
Eu só queria dizer que te amo
Desnudar minha alma e brincar de lhe arrancar sorrisos
Eu só queria dizer que te amo
E trazer a Lua pra mais perto da gente n’um doce sonho de menino
Eu só queria dizer que te amo
Sem medo e sem palavras (elas mentem),
Eu preciso dizer que te amo com gestos, carícias e olhar...

Canto a Ovídio



Canto a Ovídio
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 21/02/2010

A mesquinhez do amor perdido
Lhe faz sentir o maior sofredor do mundo
O que eu preciso é de uma boa dose da poesia de Ovídio
Para redescobrir o prazer de ser vagabundo.

Embriagar-me nas doces orgias mundanas,
Brincar com a arte da conquista
Entregar-me ao prazer, não para que ele me aliene
Mas, sim, para livrar-me da alienação do Amor!

Entre o Sol e a Lua



Entre o Sol e a Lua
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 21/02/2010

A Vida intensa me faz intenso ao sentir.
Dois meses transformam-se em anos
Capazes de me transformar em um novo homem,
As unhas da menina e mulher brincaram no meu corpo,
E com sua magia artesanal tatuaram a marca do amor em meu coração,
Tão ágil que eu nem notei.

Dois meses passam tão rápidos
Que os olhos nem percebem
Meu corpo, mergulhado no prazer do choque de Afrodite com Dionísio, não sente
Minha mente incrédula não acreditou no que eu podia sentir
Quando percebi já estava só e tatuado
Incapaz de lhe esquecer,
Pois até a lua, tão bela para todos,
Ganhara um brilho especial e só me faz lembrar de você.

Devassidão



Devassidão
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 31/01/2010

Escolho a devassidão,
O lugar do Santo é preso no Altar,
Quero meu caminho repleto de tentações
Quero minha sede saciada pelo amor e pelo vinho dionisíaco.

O meu caminho é da noite, das esquinas e dos bares
Dos cultos herméticos contemporâneos
Da paixão repentina pela beleza Afrodisíaca

Na minha frente está Eros armado com uma metralhadora
Meu peito eu abro para receber dezenas de suas balas por segundo

O fim do meu caminho é a overdose de amor.

Mais Amor



Mais Amor

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 21/01/2010

Um amor, é mais amor,
Quando não é a primeira vista.
Ele é semeado, é conquistado.

Um Amor, é mais amor,
Quando, espiado nu pela lua,
É expressado num estridente grito de prazer.

Um amor, é mais amor,
Quando é liberto e não intencionado.

O amor deve brilhar de magia e entendido toda sua complexidade na troca de olhar
O amor é de alma, é sincero,
Como o Lápis do poeta vagabundo que rabisca e grita no guardanapo do bar.

Mais uma das Letras de São Thomé



Mais uma das Letras de São Thomé
Autoria Coletiva da Galera presente em São Thomé das Letras na Virada 2009-2010

Eta chuva brava
Na hora de sair
Nem acreditei
No paraíso que eu vi

Nas ruas de pedras de São Thomé
Andei demais
Nadei nas cachoeiras
E o pó dos magos deixou
O Di para trás

Pig com bunda de fora
PV lesando
Todos fumando
E Led querendo mais

Eliene caindo na água
Nando rindo
E pessoal falando
Leandro toca demais

Na folia somos todos reis,
Renato na gastronomia
Completamos seis com
Mauricio na poesia

Tiago no seu role sozinho
E a galera bolando mais unzinho
Rindo com os gnomos
Na casa do Toninho

Na pirâmide Paula
Vê o pôr-do-sol
Enquanto Rani
Espera a Lua
Enrolada no lençol

Michele batizou a pedra do sol
Ano novo no cruzeiro
E ainda tinha 3 dias
Endoidando o tempo inteiro

Mad 3 a 1 pra churrasqueira
E Sandro, mesmo sem fumar
Pinguinzando a noite inteira

Neste tempo morávamos todos juntos
O mirante era o nosso quintal
A cidade que une maluco nunca satisfaz
Voltamos para casa
Querendo sempre mais

Minha Poesia



Minha Poesia
Rodrigo Moreira Campos (Led) - Dezembro/2009

A minha poesia é do avesso,
Quero botar o mundo de pernas pro ar
Colocar o Patrão pra trabalhar,
E fazer do trabalhador senhor de seu próprio destino

A minha poesia e desordenada,
Sou contra a ordem dos dominantes,
Quero quebrar pirâmides e derreter coroas

A minha poesia é amadora,
É de rua como o menino...
De rua...
Porque na rua joga pelada,
Na rua brinca de pique.
A rua é dele, a rua é nossa

A minha poesia é assim...
Ela brinca, ama, chora, bebe, vive e sonha
Sonha em mudar o mundo,
E muda...
Mas somente quando engatilhada em nossos punhos ou erguida em nossas bandeiras

Minha poesia é verde e amarela,
Mas por dentro é vermelha,
É sangue, é luta e tem como alvo o futuro

Ela é quente como o verão e alegre como o brasileiro pulando carnaval
Tem gente bonita e usa pouca roupa, é também libertina.

Minha poesia tem a foice e martelo cravada,
Mas também tem o beijo da mulher amada
E o sabor da cerveja gelada na mesa.

Contravenção



Contravenção
Rodrigo Moreira Campos (Led) - Outubro/2009

Estou seco em sede;
Sede de seus beijos com sabor de contravenção
Quero queimar a lei dos anjos com o fogo de seu amor.
Sussurrar ao pé de seu ouvido embaixo da barba do soldado que lhe guarda.
E ver em seus olhos a malícia do desejo e o medo do perigo.

Vamos misturar nosso sangue e formar uma poção ardente,
Teu calor desperta o meu corpo inteiro,
E me faz lembrar como um adolescente...
Daquele beijo escondido na fila do banheiro

Ártemis



Ártemis
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 21/06/2009

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
E apaixonei-me um amor que não foi a primeira vista,
Pois numa vista rápida é impossível enxergar todo o seu esplendor.

Na cidade erguida sobre o cristal era seu brilho o que mais me encantava,
Deusa da caça, deusa Lua. Rainha da Noite e mãe de todos os animais.

Desafio a Júpiter que lhe cedeu o direito a virgindade
Confesso o meu pecado enquanto sonho, enquanto penso e enquanto te vejo.
E espero pelo castigo que mereço, dado aqueles que se deleitam diante sua nudez.
Pois bem, transforme-me num cervo que de minha matilha fugirei com toda minha coragem...
Não temo a morte, mas se é pra perder a vida como um cervo que seja pelo golpe fatal de sua flecha.

A cor que me guia



A cor que me guia
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 01/06/2009

Eu me recuso a parar de sonhar.
Sonho com o belo,
Sonho com o novo,
Sonho com a transformação.

Mas eu não sonho quando durmo, sonho quando luto;
Quando transformo,
Quando me uno,
Quando construo o novo.

O ceticismo nunca adormecerá a minha luta,
O pragmatismo nunca acinzentará as cores da minha vida,
Pois elas são fortes e vibrantes
E tem uma que é ainda mais forte, que é a cor que me guia,
É a cor vermelha,
A cor do meu sangue, a cor da minha bandeira.

Rompendo com a Psicanálise



Rompendo com a Psicanálise
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 23/05/2009

Nos fonemas do sufixo da Psicanálise ouço seu nome,
Que canta suavemente em meus ouvidos com a sensibilidade de alguém que enxerga minha alma nas entrelinhas de uma frase que saúda o seu dia

Seu olhar mexe com meu corpo e alcança minha alma
Seu corpo canaliza minha libido que sublima em ti os inocentes desejos do menino.
Mas há a espada do Arcanjo divino que nos separa e me fornece a migalha de só poder te ver através da fria tela do computador

Mas quando fecho os olhos e durmo, e sonho...
Quando afasto todos os bloqueios civilizacionais que me castram desde a infância.
Quando me é permitido sentir a satisfação de meus desejos
Eu sinto você tão próxima que chega a ser eu, e eu ser você.

Se a distância fortalece o superego, acabamos com ela,
Segure em minhas mãos e vamos romper com a Psicanálise num surto psicótico que estraçalhe o superego em milhões de partes
Vençamos esse arcanjo porque perto de ti,
Não há supereu, eu é isso, é desejo...

Cuidado com os Poetas



Cuidado com os Poetas
Homenagem ao Sarau do Binho
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2009 (editado em 19/09/2013)

Desconfie dos poetas e das poetizas,
Essas pessoas brincam com as palavras,
Te envolvem, te seduzem,
E atacam sorrateiramente, sem que perceba.

É quase impossível fugir de suas rimas,
Eles são ousados,
Tem quem escreva versos em placas e amarre-as em postes.
Não se iluda, basta uma espiada e, logo...
estará com um livro da Clarisse Lispector nos braços!

Cuidado com os poetas,
Essas pessoas são subversivas,
Propagam a indignação e a desordem,
Se acham no direito de mudar o mundo!

Cuidado!
Eles estão por toda a parte,
São bruxos e bruxas!
Seu ritual mais sagrado é o sarau,

Nunca fique tranquilo!
 Pois quando estiver sossegado tomando sua cerveja gelada no bar...
Chegam eles, de mansinho e atacam em grupo!

Uma superdosagem de palavras ritmadas atingirão seu espírito...
Modificando-o pra sempre!

Qualquer pedaço de papel é uma arma nas mãos de um poeta!

Se um deles escrever algo num guardanapo do boteco,
Pelo amor de Deus, eu insisto, não leia!!!
Se ele insistir em declamar, abafe os ouvidos,
As consequências podem ser cruéis...
Já vi desde paixões repentinas até uma louca vontade de fazer revolução!

O Maior Amor do Mundo



O Maior Amor do Mundo
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2009

Procuro um amor,
Um amor qualquer.
Seja o amor vagabundo que se esvai facilmente,
Ou o amor idealizado do poeta.

Há aqueles que não amam pelo temor do sofrimento,
Eu quero sofrer!
Sofrer por amor, intensamente...
Trancar-me no quarto sozinho, embriagar-me de cachaça materializando minha dor em poesias.

E amar...
Amar intensamente em cada momento de minha vida,
Rir, chorar, fantasiar, morrer, viver por amor!

Quero o amor da mãe,
Acolhedor e aconchegante...
O amor do amigo,
Que me acaricia nas horas difíceis e embriaga comigo na orgia

Quero o amor do olhar ingênuo e sorriso malicioso,
Que faz me perder na sede pelo pecado!
O amor do olfato,
Que impregna em minhas narinas e me enlouquece na solidão.

Quero o amor das unhas cravadas nas costas,
Que transforma os maiores tabus em fogo tão prazeroso.
O amor desse jeito que você me olha...
Penetrante
Quero um amor tão intenso que me permita dizer nesse segundo...
O amor que acabo de inventar pra nós dois,
É o maior amor do mundo!

Momentos



Momentos
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2008

Parei a busca que me afligia,
Ela era responsável por meu tormento,
Não me permitia viver cada momento,
Que a vida, dura, me propicia.

A um certeza chego de repente,
A felicidade tão almejada não existe,
O que existe são momentos felizes e tristes,
Que precisamos viver intensamente.

A tristeza também é momentânea
Não há sofrimento que seja eterno,
Só um momento pode ser infernal ou etéreo,
Fazendo da vida viva e espontânea.


Pimenta nos Olhos



Pimenta nos Olhos

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2008

Pimenta nos olhos, daí sai poesia.
Poemas bons saem da dor, da revolta,
Da insatisfação de um povo que é reprimido.

Não me venha com “como a vida é bela”,
A vida não é bela, não dessa forma,
Desigualdade, injustiças, miséria...
Dores que a poesia, ou as armas, terão que remover.

A vida não é uma novela,
Finais felizes são difíceis quando se está com a barriga vazia,
E não os esperam aqueles que querem dar um passo a diante,
Pois sabem, depois de um passo é necessário se dar outro.

Por isso poesia que leio é poesia dos injustiçados,
Poesia de um povo que não se cala,
Poesia que pra muita gente,
É Pimenta nos Olhos!

Revolução



Revolução
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2003

Não adianta não, tentar nos segurar
Porque de arma na mão vamos te enfrentar
Gritando revolução
Vamos te derrubar.

Coronel latifundiário sempre se escondeu,
Atrás de seus vários capangas e uma falsa escritura
Que o grilo comeu
Mas sinto lhe dizer, seu tempo está contado
E pelos crimes que você fez há de ser julgado

E você patrão quero lhe falar,
Pegue uma enxada na mão se quiser aqui morar
Pois se você não trabalha também não vai ganhar

Lobo Mau



Lobo Mau
Rodrigo e Jessé - 2003

Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau,
E pego os brasileiros pra fazer mingau

Ele bate em minha porta,
E grita em voz bem forte,
Se não abre eu armo um golpe,
Se não abre eu armo um golpe.

Entrou em minha casa,
Comeu minha criação,
Ensinou minha família,
A assistir televisão.

(refrão) (ALCA)ralho
(ALCA)ralho os Estados Unidos
(ALCA)ralho o FMI
A força do povo que está reprimido
Vai mandar vocês pra fora daqui

Minha casa é de madeira,
Meu telhado é de palha,
Mas aqui não botas as patas,
Nenhum lobo canalha.

Sua principal mania
Deixar as marcas em toda parte
Mas veja que ironia,
Sairá com as marcas de meu bacamarte.

(refrão)

Cerveja II



Cerveja II
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 08/07/2003

Cai sobre meus lábios o líquido gelado
Estático, sentindo o frescor pela minha garganta, eu fico
Rei agora sou, da coroa d’ouro, ouro gelado
Voltas e voltas, agora sou o maior do mundo
Energia gelada corre em minhas vias
Já não tenho mais tristeza, meu sangue é ouro

Até o maldito metabolismo do meu corpo acabar com sua última gota!

Rani



Rani

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 09/10/2003

Rabisco e rasuras fizeram-me procurar,
O raiar do brilho dessa menina com nome de soberana rainha me fez rastrear
Rajadas e rajadas de luz fez-me acordar para o sonho
Rastejando na escuridão consegui levantar

Meu niilismo morreu ao te conhecer,
Numa explosão de nitroglicerina que me fez viver.

De temedor me tornou temerário,
Da teoria revolucionária me fez beber,
Com sua ternura me fez acalmar,
Mas a tentação de seu corpo me trouxe tensão.

Num abraço amigo abateu o velho eu,
Num beijo ardente fez-me amante, fazendo renascer o velho adolescente de sonhos ingênuos,
Acendeu minha alma que havia ficado presa embaixo da areia da ampulheta da vida

Domino meu sono, temo dormir e acordar desse doce sonho...

Romperei com o velho eu,
Rodarei em romaria pela minha vida,
E roubarei cada minuto de sua vida para que seja meu também.

Ressaca



Ressaca
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 13/10/2003

A dor reflete,
Toda impureza da orgia
Mas, por mais que acarrete
É o esquecimento que me traz mais agonia

Meu coração já não existe mais,
Meu rosto está escondido
Motivo pra viver a vida não me traz,
Quem dera se de prazer eu tivesse morrido

O que me chegou de bom eu enterrei
Das aventuras de um garoto tolo e covarde eu chorei
Lamentos e tristeza são o que resta.

Com lágrimas meu rosto é lavado,
De sonhos e espinhos sou cercado

Porém a esperança deixei que escorresse pela única fresta.

Por que foste?



Por que foste?
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 27/10/2003

Por que estás tão pálida?
Por que estás tão fria?
Por que não falas mais comigo?
Quantos sorrisos que me trouxeram felicidades,
Quantos beijos ardentes.

Por favor não me deixe,
Fale comigo,
Quanto tempo juntos e agora estás aí sem ao menos uma palavra

Estás tão vazia,
Pra onde fostes?
Quero ir junto, me leve
Não me deixe agonizando em vida!

A Felicidade Passou



A Felicidade Passou

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 28/11/2003

A felicidade plena passou,
Como a brisa refrescante que sopra num dia de insuportável calor.
Passou ligeira, me refrescou
Deslizou rapidamente me deixando para trás.

Sem mais, volto a viver como antes,
Meu corpo maldito entrego as orgias e ao vinho,
O amor que é platônico não por opção minha
Só me traz sofrimento e poesia.

O único prazer que me resta é carnal,
Busque esse corpo, Baco, que não tem mais alma
Dê-me, Vênus, todos os amores que posso ter.

A luz piscou, se foi,
Restou eu, caminhando incessante,
Na solidão da boêmia terrena.

O Grito do Operário


O Grito do Operário

Rodrigo Moreira Campos (Led) - 30/10/2003

Pulsos cortados,
Poças de sangue,
Sofrimento, impotência
Não mais tristeza, simplesmente não se sente.

Ergamos, este sangue é acido que corrói
Corrói seu sistema

Que o inimigo trema,
Nada temos a perder,
O mundo vamos ganhar

Não mais queremos migalhas,
Devolva nosso prato que foi posto junto ao seu.

Mais uma vez trema,
Trema, estamos armados,
Trema diante a maior das armas,
Trama pois erguemos a bandeira vermelha.

Evolução



Evolução
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 11/10/2004

Havia um tempo que,
Preso à terra e a igreja,
O povo sofria...
Sofria em nome de Deus.

Surgiu uma classe para salvar,
Novos sonhos de liberdade,
A burguesia trouxe o novo,
Mas logo, o novo caducou...
E tornou-se velho

O homem que produz
Da terra de seu senhor libertou-se,
Poderia ele agora ir e vir.

Mas faltava-lhe a passagem do trem
As vestes que lhe protegem do frio
O pão para ele e seus filhos
A ferramenta para produzir o seu trabalho

Sem passagem, sem roupa, sem pão e sem ferramenta ficou prisioneiro de sua própria força de trabalho.

Mas desta vez,
O próprio homem que produz,
O proletariado que nasceu,
Pintou-se de vermelho e clama por liberdade!

Acróstico



Acróstico
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 2005

Graciosa menina que com seu suave encanto
Imobiliza minha razão e faz entregar-me a
Luz de seu brilho
Emerge de mim um novo eu
Unindo meu desejo ao
Sonho de estar perto e
Arrancar-lhe o mais lindo sorriso que emita uma mistura de ternura e malicia.

Regulamentação do Roubo



Regulamentação do Roubo
Rodrigo Moreira Campos (Led) - 07/01/2005

Aquela cidade era comum, como qualquer cidade de médio porte. Pais de família no escritório, mães donas de casa, missa aos domingos, encontros na praça. Dias calmos e uma qualidade de vida modelo, de dar inveja às cidades vizinhas. Tudo porque ali os governantes se preocupam com o povo.
O penúltimo prefeito, por exemplo, resolveu acabar com o constrangimento dos moradores de viverem n'uma cidade devedora. Para por fim ao tão indesejável déficit público, cortou alguns gastos em educação, saúde e infra-estrutura e assim conseguiu equilibrar o orçamento.

Mas, não se sabe por qual motivo, há mais ou menos cinco anos surgiram os primeiros desempregados na cidade. Os jovens se rebelaram de repente não gostavam mais da escola. Os médicos, esses que foram o orgulho da cidade durante tanto tempo, agora estavam de mau-humor e não atendiam bem seus pacientes, o hospital não funcionava mais.

Mas o problema que mais indignou os moradores foi o roubo. De todo tipo. Assalto a mão armada, gangues de rua, roubo de galinha no quintal e roupas no varal. Não se podia bobear, que pronto, sumiu uma carteira, ou um relógio, ou um celular.

O povo pedia solução. A prefeitura agia. Para aumentar o número de soldados, reduziu o salário dos policiais. Outro presídio foi construído. Nada adiantava, e outro dia até o delegado foi roubado.

Mas um dia, ao acordar, a cidade se surpreendeu. As reações eram diversas, e se dividiam em aprovação e rejeição.

Alguns diziam:
_ Coitados, não têm décimo terceiro, seguro desemprego, férias, aposentadoria e ainda vão ter que pagar impostos.

Outros, incisivos:
_Negócio é negócio, tem que ajudar a cidade a crescer.

Mas os ladrões, estes sim se revoltaram. Protestaram, gritaram.
_Isto é um roubo!!!

Liam uma, duas, três, várias vezes a noticia no jornal.
"Prefeito Regulamenta o Roubo"

Era isso mesmo. Registro de ladrão, taxa máxima de assalto e, vocês não vão acreditar, 30% de imposto sobre o valor do furto. Era um absurdo.
Os ladrões se organizaram, formaram um grande sindicato. Em sua primeira greve abaixaram o imposto para 20%.